terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O gigante adormecido da medicina tradicional mediterrânea




É o título de um artigo publicado na Herbalgram do Amerian Botanical Council  em 1/2/2015, 36,N.º105.
Um outro título dum artigo com um autor comum (G Appendino, Dipartimento di Scienze del Farmaco, Novara, Italy)  diz:
Helychrysum italicum, de volta à medicina através dos “vapores” (tinsel) do luxo, publicado na Planta Medica N.º 16, Dezembro 2015

Estamos a falar da Perpétua-das-areias ou Erva caril
A fotografia é de Novembro, as flores embora mantendo o amarelo, já estavam praticamente secas.


As referências são antigas, Plinio, o Velho, na sua História Natural (Caii Plinii Secundi Historiae Naturalis Libri XXXVII) diz:
As roupas consagradas devem ser salvaguardadas com este aroma 
(tradução ligeira de Vestes tuetur odore non inelegante). 
 Dioscorides (Materia medica 4.57,),relata também os efeitos benéficos desta planta.
Ambos os livros do sec I DC.
Actualmente as marcas de perfumes internacionais, dão razão a Plínio , e assim o Homme da Van Cleef &Arpels,  o Magie Noire da Lancôme e Femme da Rochas (passe a publicidade) utilizam a essência da perpétua das areias para confeccionar estes perfumes.
Em termos de investigação, constroem-se modelos para conseguir definir a complexidade das moléculas que podem ser obtidas a partir destas plantas, o estudo começou em Itália com o Professor Leonardo Santini (1904—1983) e continuam com interesse actual que as novas técnicas de análise permitem aprofundar.
Em termos etnobotânicos (o uso de plantas através de tradição ao longo dos tempos) ele é aplicado em problemas respiratórios e digestivos.
A quantidade a utilizar é pequena quando se faz um chá.
Do nome erva-caril, utilizo-a para fazer arroz, só temperado com esta erva, para quatro pessoas, quatro folhas são suficientes para dar um aroma próximo ao do caril, mas muito mais leve.

Voltarei a esta planta.


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