Amanhecia quando Manuel da
Bouça alcançou a lomba da mata. Nas nesgas do céu, que os olhos conseguiam
entrever, diluíam-se tintas inverosímeis. O matrimónio das trevas com a luz revestia-se
de túnicas fantásticas, que, de instante a instante, mudavam de cor. E a
metamorfose era tão subtil, que dificilmente os olho podiam fixar as suas
cambiantes sucessivas.
In Os Emigrantes, Ferreira
de Castro
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