segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Estive lendo...e relendo e outras citações


Já o li à alguns anos, após a realização do filme, mas foi uma leitura de seguida quase à pressa. É um livro duro sobre o perfil do homem.
Passei por ele na estante e abri, gostei do que li e recomecei a leitura, (anotei com gosto as “receitas” do monge que cuidava do horto das plantas medicinais).
Reli-o lendo-o de outra forma e a razão do título que não me lembrava vem na última frase do livro:
        Stat rosa pristina nomine, nomina nuda tenemus
Nesta edição vem em latim sem tradução, hoje o Google, vai dando estas traduções na hora:
        A rosa antiga permanece no nome, nada temos além dos nomes.
Umberto Eco retirou este verso dum poema dum monge do século XII, Bernard Cluny, do poema De contempto mundi , alterou uma palavra, em vez de rosa no poema original está Roma, ou seja “de muitas grandes cidades só restaram os nomes.
Eco diz num livro posterior que a sua frase representa as sociedades que chegaram ao declínio devido a conflitos históricos, onde somente os seus legados não materiais puderam prosseguir no decorrer dos tempos.
Nos tempos presentes, podemos olhar par Tonino Guerra, professor primário, durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso num campo de concentração escreveu este poema:

Contente, mesmo contente
Estive na vida muitas vezes
Mas nunca como quando em liberdade
Na Alemanha
Me pus a olhar para uma borboleta
Sem vontade de a comer.
Nos tempos presentes

E nos tempos presentes... 

…quando não permitimos que nada nem ninguém nos toque, a dificuldade é connosco mesmos (Tolentino de Mendonça).



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Morris West



Pag. 40
[…] queria as águas escuras, as rajadas de vento, os veados em altas montanhas e a terra que tem que ser feita outra vez – mas que pode ser feita, se o homem puser braços e cabeça a trabalhar[…]
Pag. 46
[…]É é aí que tu erras…É aí que toda a gente erra. É o fazer que me interessa, não o ser. É o fazer que interessa e não a coisa feita[…]
Pag. 56
[…] a terra não os domina [os homens] porque está enterrada debaixo do asfalto e do cimento e os seus pés nunca a tocam[…]
Pag. 263
[…] toda a ecologia depende da morte.

In O Verão do Lobo Vermelho
1ª edição Português – Clássico Editora – Coleção “ORBE” 1971

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Qual é a coisa qual é ela que tem cinco orelhas e um pé?



A resposta é: a Nêspera. 
Com esta resposta, não batia a bota com a perdigota.
A adivinha é antiga e a origem é o Algarve.

Julgo que não é a nêspera (Eriobothrya japónica(Thunb.) Lindl.) que aparece todos os anos no supermercado ou no nosso quintal… ou no quintal do vizinho.

É mais uma daquelas árvores da floresta mediterrânea que vai desaparecendo, da Família das Rosaceae, género Mespilus, onde existem variedades, a mais comum a Mespilus germânica, que não é ao parece originária da Alemanha mas que por lá se cultivou.

A minha surpresa foi encontrar esta espécie à venda no LIDL (origem alemã). Nos viveiros em Portugal ainda não tinha conseguido encontrar.
Pela folha, porque ainda tinha folhas quando a comprei parece ser do género Mespilus, não arrisco a espécie sem ver o fruto.

Em termos de sabor, o fruto não rivaliza com a nêspera comum, segundo as opiniões registadas na net.
Mas pelos Algarves deve ter sido comum... origem floresta mediterrânea.
As Fotografias que junto são da Wikpédia (mais uma vez obrigado) e observando o fruto dá para perceber a resposta à adivinha que inicia este post.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Armadilhas

Armadilha velha, o liquido é agua de cozedura de bacalhau, muito eficaz em relação às moscas varejeiras




Armadilha nova artesanal.




 Papel autocolante, inconveniente de ficarem aprisionados insectos úteis
 

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Em flor



Nespereira, Eriobotrya japonica (Thunb.) Lindl.

Do Ciberdúvidas da Lingua Portuguesa

Nêspera e magnório são vocábulos sinó[ô]nimos da linguagem comum. Não correspondem a designações botânicas distintivas. A diferença está relacionada apenas com a história destes vocábulos.

Nêspera provém do vocábulo grego méspilos, que transitou para o latim culto como nespila, que devemos ler como /néspila/ e chegou ao latim vulgar como nespira/néspira/. Na língua portuguesa tomou forma a(c)tual.

Magnório deve ser proveniente do nome do botânico francês Magnol, que deu o nome de magnólia à árvore de onde provêm os magnólios ou magnórios.

Os dicionaristas consideram o magnório um regionalismo minhoto, e têm nêspera como o vocábulo comum ao resto do país.