Numa
altura em que é tentada a evadir-se para o cibermundo, a humanidade deve
realizar um esforço cognitivo tão intenso como aquele que foi feito aquando da
revolução neolítica ou da revolução industrial, para aprender a viver nos
limites de um planeta solitário.
Pela
primeira vez na sua história, já não se pode permitir corrigir os erros mais
tarde.
Deve
percorrer mentalmente o caminho inverso àquele que a Europa seguiu desde o século
XVII e passar da ideia de um mundo infinito à de um universo fechado.
Este
esforço não é impossível. Nem mesmo improvável, mas, mais simplesmente: não é
certo!
Esta
incerteza tornou-se o factor opressivo da história humana, no momento em que,
pela primeira vez, ela joga o seu destino no futuro de uma civilização única.
Assim
termina o livro “A prosperidade do vício” de Daniel Cohen.
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