segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Imbondeiro (2)

Dizer que as sementes do imbondeiro são sementes terríveis, só por uma influência ocidental, perdoa-se a Saint Exupéry. Para os africanos é praticamente uma árvore sagrada.
O imbomdeiro, Adansonia digitata, L., da família das bombaceae, a mesma das ceibas.

Esta planta tem dois tipos de folhas conforme a idade.
Justificação para que no princípio do século passado fosse uma árvore considerada em vias de extinção e árvore fóssil por não se conhecer este facto e não se verem exemplares jovens com as folhas do exemplar adulto. Falta de comunicação também um pouco aqui.
Em África ouvi um nativo dizer, que o imbomdeiro só dava fruto quando mudava de roupa. Pelas populações locais esta árvore é uma árvore protegida e muitas vezes se lhe ligam sentimentos religiosos.

Nalguns locais é tido como um intermediário entre Deus e os homens. E percebe-se, pelo elevado número de utilizações que as populações locais fazem dele. As crateras que se abrem no interior do tronco, para além de poderem armazenar água, servem muitas vezes de celeiros de cereais e até de sepulturas.

As raízes algumas vezes são desenterradas para se tirar parte delas e produzir um corante vermelho, que se usa para corar olaria, madeiras e tecidos. Do entrecasco extraem-se fibras grosseiras que servem para a confecção de cordas e tecidos grosseiros.

A polpa dos frutos seca dá origem a uma farinha de sabor agradável. A farinha é rica em vitaminas C e do complexo B, de enorme valor nutricional.

A minha tentativa de crescer imbondeiros, pode ser frustante no final, mas vou tenta
r.

Foto:http://br.geocities.com/cavanillesiaarborea/imagens/baoba60.jpg

sábado, 28 de outubro de 2006

Imbondeiro (1)

...-Os embondeiros, antes de crescerem, começam por ser pequenos…

Com efeito no planeta do principezinho, como em todos os planetas, havia ervas boas e ervas más. Consequentemente, sementes boas de ervas boas e sementes más de ervas más. Mas as sementes não se vêm. Dormem no seio da terra até que alguma se lembre de acordar…Então espreguiça-se e começa a estender para o sol, timidamente, uma encantadora hastezinha inofensiva. Se for uma haste de rabanete ou de roseira, pode deixar-se crescer à vontade. Mas se flor uma planta má, é preciso arrancá-la imediatamente, logo que se reconheça.
Ora no planeta do principezinho havia sementes terríveis… eram sementes de embondeiro….

In "O Principezinho" de A. Saint-Exupéry

Adansonia digitat L. de nome vulgar embondeiro, imbondeiro ou baobá

sábado, 21 de outubro de 2006

Insucesso (1)

Pois é o melhor que consegui com as melancias, já vai no terceiro ano, desde sementes a pequenas plantas compradas, foi isto, do tamanho de uma caixa de fósforo.
Se alguém souber o segredo para incrementar o tamanho destas marotas agradeço.

quarta-feira, 18 de outubro de 2006

Araçá amarelo

Este araçá, conhecido também por araçá amarelo, encontra-se agora em frutificação e até prova em contrário deve ser o Psidium cattleyanum, Sabine, isto porque tenho dúvidas quanto à classificação
Pertence à família das Myrtaceae, nativa do Brasil, desde minas Gerais até Rio Grande do Sul onde se encontra em estado silvestre. A sua forma é arbustiva, podendo ser podado de forma a parecer uma árvore de pequeno porte.
A semente que originou o da fotografia, veio dos Açores onde é bem conhecido, existindo também a variedade de cor vermelha.A viabilidaadde da semente é muito curta, cerca de 5 dias no máximo, estando seca.
Os frutos são do tipo baga (este, com 2cm de diâmetro), com polpa esbranquiçada e têm um teor de vitamina C proporcionalmente quatro vezes maior que os frutos cítricos. O sabor lembra a goiaba.

domingo, 15 de outubro de 2006

Melão de S, Caetano (3)


Estava a responder a um comentário, mas o texto já estava tão grande que resolvi fazer um post.
A propósito da descrição que aparece na Wikipédia sobre a Momordica charantia.
Em inglês além de balsam pear, temos bitter melon, referido na Wikipédia, podemos encontrar ainda Carilla fruit, Ceraaee, bitter concomber, bitter gourd.
Olhando para a fotografia da Wikipédia e para a que apresentei, parecem à primeira vista , dois exemplares de espécies diferentes, Penso mesmo assim tratar-se da mesma espécie.
No Japão, desenvolveram-se, devido ao grande consumo que existe, vários cultivares. As fotografias que apresentei são da planta original.
Na fotografia deste post do fim apresenta-se o fruto original desta espécie, à direita em comparação com as variedades já selecionadas.
A cor verde ou branca nos exemplares imaturos tem-me aparecido aleatoriamente.

A fotografia que aparece na wikipédia fez-me lembrar uma mercearia actual, que tem à venda este melão, pode vê-la no Centro Comercial do Martim Moniz, pertence a indianos que por esta altura tem este melão à venda.
Existem várias espécies de Momordica, duas delas, e com grande consumo são a Momordica balsamina L, mas esta tem um fruto meio arredondado e que se torna quase vermelho.
Existe também uma espécie maior, a Momordica conchinchinensis (Lour.) Spreng, conhecida em inglês por Spiny bitter gourd. Mas este fruto tem já uma forma mais arredondada, quase esférica.


Esta é a leitura que faço desta espécie, qualquer correcção ao que digo é sempre bem vinda.



sexta-feira, 13 de outubro de 2006

Melão de S. Caetano (2)

O melão de S. Caetano, nome que eu tenho tentado descobrir a origem sem conseguir, é uma trepadeira que cobre uma área grande, chegando as primeiras geadas, seca toda.
É utilizada em diversas aplicações, os asiáticos (India, China, Japão) usam-na como legume. colhem-na verde e cozinham-na.

O sabor é acentuadamente amargo, para tentarem solucionar, há duas receitas. A primeira, cozê-la primeiro, depois fritá-la e a segunda, cortar às rodelas, salpicar com sal, como se faz com as beringelas. Experimentei a primeira e continuei a achar muito amargo, ainda vou tentar a segunda.
O que costumo comer, e é agradável, são os arilos vermelhos à volta das sementes, semcomer as semntes. Existe uma contraindicação para eles serem comidos por crianças.

Em termos de medicina natural, é usado de diversa maneiras, com várias aplicações existindo diversos comprimidos e tinturas, e as indicações também são muitas, se fizerem uma pesquisas no google existem milhares de indicações, fica para o próximo post.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Melão de S. Caetano (1)





































O Melão de S. Caetano, Momordica charantia L., da família da curcubitaceae, é uma planta anual, como os seus primos melões, que vêm nesta altura à nossa mesa.
Em Inglês é chamado de Balsampear, em Portugal também aparece com o nome de balsamita, talvez daí derivado.
Hoje a evolução do fruto.

terça-feira, 10 de outubro de 2006

Saldo negativo

O planeta Terra entrou ontem, 9 de Outubro de 2006, em saldo negativo, ou seja, os seres humanos estarão a explorar mais recursos naturais do que aqueles que podem ser renovados num ano civil.

segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Anona (2)

[Annona cherimola Mill.]
Originária dos vales e planaltos andinos entre os 700 e 2400 m da Colômbia e Peru e possivelmente também do Chile. Cultivada desde tempos imemoriais, foram encontradas sementes desta espécie nos sarcófagos dos Incas. Introduzida em várias regiões tropicais de altitude e temperado - quentes […]


[…] é frequente no sul dos estados Unidos (Florida e Califórnia). Cultiva-se com sucesso nas Canárias, Madeira e Açores, é perfeitamente viável nos climas mediterrâneos desde que se possa recorrer-se à rega durante o Verão[…]


Alguns autores incluem os frutos desta espécie, juntamente com o ananás e o mangostão, no grupo dos frutos mais deliciosos do Mundo […]


O fruto foi muito apreciado pelos Incas de tal forma que já eles seleccionavam cultivares apropriados aos seus objectivos. Tendo em conta a sua utilização como alimento de subsistência, chegaram a produzir frutos com 13 Kg de abundante comida esquisita, saborosa e perfumada.


Nalguns locais das Antilhas preparam bebidas fermentadas a partir da polpa da anona, depois de desagregada. É o chamado vin de corrossol que ainda hoje se consome nas antigas Antilhas francesas.

In Fruticultura tropical (Espécies com frutos comestíveis) vol I Pag.112-116
J. E. Mendes Ferrão ed. IICT Lisboa 1999

domingo, 1 de outubro de 2006