quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Descontruindo ...








Há em potência, algo mais maravilhoso do que realmente há


Tahdim al-Arkan min Laysa fi-al-Imkan Abda’ mima Kan (Desconstruindo as essências da “Mais maravilhosa das existências”), de Ibrāhīm ibn ʻOmar al-Biqāʻī (1404 - 1480).


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Opuntia echios (?)



Olhei e ela era diferente, tornei a olhar melhor e não podia ser a mesma, mesmo que pusessem muito adubo…
Pedi ao jardineiro uma “raquete”, que sim senhora desde que fosse eu a tirá-la…
Uns dos pormenores para as plantas da família das suculentas pegarem por estaca é deixar secar o corte, de outro modo se enterramos com a secção ainda húmida podem ter tendência para começar a apodrecer por aí.
Classificá-la é que foi mais difícil, porque parecia que não queria acreditar na primeira hipótese, e deixo aqui a minha dúvida,
Trata-se da Opuntia echios Howell, originária do Equador, Arquipélago dos Galápagos, ilha de Santa Cruz. Encontra-se em perigo no seu ambiente natural. Fonte de alimentação para tartarugas e iguanas.
A outra, que não podia ser, porque esta era diferente, é a figueira da Índia, abundante em Portugal,
Nesta, os cladódios (as raquetes) novos têm uma secção circular ao contrário da Opuntia ficus-indica (L.) Mill em que a forma dos cladódios são na forma de gota, ou elipse deformada, com o tempo forma uma árvore que pode chegar aos 150 anos.
Os frutos nesta espécie são mais pequenos, não os provei ainda.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Norça branca



Em Portugal é o nome mais referenciado para esta planta. A partir daqui entrei numa procura dos significados dos nomes atribuídos.

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bryonia_dioica_Sturm64.jpg

Norça, nome utilizado para designar plantas que se empregam em esparregados (dizem que os rebentos novos da Primavera, são inofensivos), embora os alertas de que todas as partes da planta são venenosas sejam muitos, branca pela cor da flor.

Em termos de classificação botânica trata-se da:
Bryonia dioica Jacq. (1774)
Sinónimos
Bryonia cretica L., (1753)
Bryonia cretica subsp. dioica (Jacq.) (1968)

Partindo da designação original, Bryonia, vem do grego bryo, atirar, devido ao rebento, que dispara sobre os tutores naturais o seu vigor enrolando-se através deles no começo da Primavera.
Dioica, as flores femininas e masculinas estão em plantas diferentes.
Cretica.na nova classificação, significa o que é de Creta, ilha Grega, ou se quisermos ir mais longe é o título do livro de Epiménides,filósofo, místico grego  e profeta que viveu em meados dos anos 600 a.C. de acordo com o aspóstolo Paulo em Tito 1:12, que cita sua obra, e que perante os cerca 30.00 deuses gregos propôs a criação de um santuário a um deus único, e quando lhe perguntaram o nome que deviam colocar no santuário, disse para escreverem “a um Deus Desconhecido”

A planta, aparentemente uma trepadeira que se encontrava em muitos locais de Portugal, entrelaçada nas sebes de canas (Arundo donax), ditos canaviais, que crescia com muito vigor na Primavera e dão umas bagas (venenosas) que se apanhavam no fim do Verão, altura em que estão maduras, encontrando-se o resto da parte aérea completamente seca.
A planta contrasta, o seu vigor aéreo (nome vulgar salta sebes), na Primavera com o raquitismo no final do Verão.


A planta sendo classificada como perene, só pela raiz se mantém a continuidade derivada da classificação, daí talvez outro nome vulgar da planta, nabo do diabo.

Em Inglês é Wild Nepit (Nepit selvagem), e aqui vamos de encontro a outro Deus, ou melhor ao nome da esposa do Deus Neper, Nepit, a Deusa do grão.
Referir que no século XIV, é referenciada, como um antídoto contra a lepra, a partir das sementes… grãos.

Entre a frigideira para fazer um esparregado e as referências a deuses e ao diabo, hoje em dia tem promete em termos científicos (ver última referência) aplicação em termos médicos.



Planta Med 2012; 78 - PI296, DOI: 10.1055/s-0032-1320983
A new bioassay-guided fractionation from root of Bryonia dioica: A promising strategy for drug discovery