segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Sábado à noite, a tentar dormir, um zumbido ao ouvido.
Mosquitos em Janeiro!
De consolo, só serve o facto de perceber que estão menos enérgicos que no Verão, ou dito de outra maneira, apanham-se mais facilmente.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Veris eta facies

Nos próximos dias 1 e 2 de Fevereiro, a Nova Orquestra Sinfónica de Lisboa e o Coro da Nova Orquestra Sinfónica de Lisboa, com a participação dos solistas Elvira Ferreira, Carlos Guilherme e Luís Rodrigues, sob a direcção do maestro Albertino Monteiro, irão interpretar a cantata medieval “Carmina Burana”, de Carl Orff.

A palavra latina Carmina é o plural de carmen (canção, na língua portuguesa). O título inteiro significa literalmente: Canções dos Beurens. Esta última palavra refere-se aos textos escolhidos para esta cantata secular, descobertos, em 1803, num velho mosteiro beneditino da Baviera, em Benediktbeuren, sudoeste da Alemanha.

A obra divide-se em três secções:
o encontro do Homem com a Natureza (Veris eta facies),
com o dom do vinho (In taberna)
e com o amor (Amor volat undique).

Uma triologia interessante

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Abacate (5)

Uma das maneiras de reproduzir o abacate, a primeira que eu tentei e que tenho observado várias vezes, é a que está assinalada na fotografia, basta um copo de água, e três palitos. Uma das vantagens deste processo, é o facto de os abacates estarem mais disponíveis e com um preço mais baixo no Inverno. Como o tempo de viabilidade da semente é muito curto, este processo permite manter a semente dentro de casa a uma temperatura mais amena.
Um processo dito para acelerar a germinação, difundido em várias fontes, é partir a semente ao meio e colocar só a parte que tem o “gomo vegetativo” (não sei a classificação botânica correcta), dizem que a germinação é mais rápida.
A germinação depende de outros factores, e um deles é o grau de desenvolvimento do caroço dentro do fruto, muitas vezes quando se apanha o abacate, a semente já vem com o principio de raiz formado, a semente estalada e com muita sorte, só me aconteceu uma vez, o rebento a sair do meio do caroço.

Um processo dito para acelerar a germinação, difundido em várias fontes, é partir a semente ao meio e colocar só a parte que tem o “gomo vegetativo” (não sei a classificação botânica correcta), dizem que a germinação é mais rápida. Penso que depende de outros factores, e um deles é o grau de desenvolvimento do caroço dentro do fruto, muitas vezes quando se apanha o abacate, a semente já vem com o principio de raiz formado e com a semente estalada e o rebento a sair do meio
Embora menos estético, funciona.

Claro que acerta altura me perguntaram, mas se ele se desenvolve em água, a terra não é mais nutritiva. Claro, se o semearmos em terra e a mantivermos húmida, a planta a nascer desenvolve-se mais rapidamente e com maior vigor. De notar que à vinte anos tentei plantar abacates na terra, nos meus inícios de introdução de novas plantas e na terra o Inverno acaba por queimar as plantas jovens. Só quando passavam o primeiro Inverno com o caule já sem a cor verde, lenhoso é que se começavam a aguentar.
Hoje, a nível da latitude de Lisboa, quando plantados em Dezembro, Janeiro, se mantiver o local onde foram semeados húmido, os abacates nascem normalmente durante o principio da Primavera, em Março.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Miguel Torga

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura...
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova...

In Cântico do homem

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Maracujá azul (2)

O fruto da flor já apresentada, pendente no Jardim Garcia de Orta, Parque das Nações (Lisboa), no talhão Brasil_Açores.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Robert Lenoble

O historiador deve pois acostumar-se a esta evidência de que a Natureza só será concebida como uma realidade por si mesma na medida em que a consciência tiver conquistado uma certa liberdade em relação aos seus próprios problemas. Até essa altura, a Natureza estará condenada a viver o drama humano.
In História da Ideia de Natureza, ed. Edições 70 (2002)

sábado, 5 de janeiro de 2008

Abacate (4)

Sobre o abacate e a utilização em cremes de beleza ou a sua aplicação directa na pele (ex. mascaras faciais)

Plantas e Produtos Vegetais em Fitoterapia A. P. Cunha, A. P. Silva, O. R. Roque,
ed. F.C.G (2003)

Farmacologia e Actividade biológica

Do fruto extrai-se um óleo cuja composição é próximas do obtido das sementes. Os óleos são usados como protectores e
regeneradores da pele e usados em muitos cosméticos. O insaponificável destes óleos pela sua riqueza em carotenos, tocoferóis e fitosteróis é usado também como fonte de pró-vitaminas solúveis nos óleos.
[…]
A nível da derme tem efeito regenerador ao proteger as
proteases e as colagenases tecidulares. […]
As folhas pelo óleo essencial têm acção microbiana e pelos taninos são adstringentes.
Os links apresentados são simples orientação sobre o tema

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Thom Hartmann

[...] Mas primeiro recuemos um momento e consideremos uma questão importante: se estamos no mau caminho, porque razão isso não é óbvio?

in As últimas horas da antiga luz do sol ( 1999)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Abacate (3)




Sobre a utilização das folhas do abacateiro, em chás. Se notarem nos chás de emagrecimento tão em moda, a maior parte contém folhas de abacateiro. E um dos chás que bebo e não desgosto.
Na seguinte obra:
Farmacognosia – Aloísio Fernandes Costa – II volume, Edição da Fundação Calouste Gulbenkian (1994)
Pode-se ler:

Na terapêutica utilizam-se as suas folhas de propriedades diuréticas […] inodoras e de sabor adstringente fraco.
O constituinte activo é o D-perseitol, isolado dos frutos e depois reconhecido em toda a planta, portanto também nas folhas. Com efeito, verificou-se experimentalmente que possui propriedades diuréticas comparáveis à da teobromina (molécula retirada do fruto do cacau), com a vantagem de ser destituído de toxicidade. Revelou-se um diurético directo, não manifesta actividade cardíaca nem sobre a pressão arterial.
[…]
Explica-se assim o emprego frequente das folhas de abacateiro na medicina caseira, sobre a forma de chás, como diurético.
Figura

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Abacate (2)

Escreve Mendes Ferrão no Fruticultura Tropical, volume III (2002)
Para os índios (América Central e México) o abacateiro fazia parte das árvores importantes da sua vida e era considerada como quase sagrada. Tida como um autêntico favor dos deuses, era planta que dava força e virilidade e curava-os de diversa doenças. Alguns ainda hoje ligam ao consumo do abacate propriedades afrodisíacas.
Na altura da maturação dos frutos, era hábito no Peru organizar-se uma festa, a Axatacayimita ou Lacatacayimita muito ligada à iniciação dos jovens, femininos e masculinos. Aliás a designação abacate significa nalgumas línguas locais, árvore dos testículos o que dá bem a noção desta crença.
A circunstância de não ter o sabor típico das outras frutas, associada ao facto de a semente perder muito rapidamente o seu poder germinativo e as plantas jovens serem muito delicadas, fez com que a espécie ficasse circunscrita à América e que as introduções efectuadas noutros territórios não tivessem ocasionado a sua dispersão.