sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Pilritos

Pilriteiro que dás pilritos
Porque não dás coisa boa?
Cada um dá o que tem
conforme a sua pessoa.
x
Pilriteiro, os teus pilritos
São por certo coisa boa.
Porque me dás o que tens
És melhor que uma pessoa.
x

Pilriteiro, de mil pilritos
que entre todas as cores
escolhes a mais clarinha
para pintar as flores.

Guardas o vermelho rubro
que nem sempre diz coisa boa
para os carrapitos de Outubro
que encantam qualquer pessoa.

x

Bem cantados meus pilritos
Vermelhinhos a brilhar
Se só vieres em Outubro
Podes não l'os encontrar
Ó minha linda menina
Vem agora quer'te ver
Ao solinho de Setembro
Meus pilritos vais colher

Saudades do Dias com Árvores
Pilrito- fruto do pilriteiro, também conhecido como Espinheiro Alvar- Crataegus monogyna (Jacq.)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Rarindra Prakarsa



Fotógrafo Indonésio, nascido em Jakarta, diz que seu país é um dos melhores locais do mundo para qualquer amante da fotografia por causa da impressionante beleza das milhares de ilhas de lá. A bem da verdade Rarindra fotografaria bem em qualquer local do mundo independente do motivo e do local.


Uma imagem pode transmitir sensações pela luz, pela cor, pela textura, e pelo conteúdo que mostre, mas se essa imagem é melhorada com detalhes técnicos que nos dão uma sensação de profundidade, de terceira dimensão a coisa já muda para o plano da perfeição. Esta é a técnica utilizada por Rarindra Prakarsa que após fotografar, trabalha determinados elementos para dar maior dimensão a seus trabalhos. Acreditem ou não, o tímido Rarindra não se considera um fotógrafo profissional.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Bom tempo

A chuva do s. Martinho foi pouca, será que é desta que chove bem (sem excessos).

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Corações unidos

Esta planta, comum como ornamental, foi uma das primeiras suculentas que me atraiu. A sua classificação Ceropegia woodii, Schlechter, fica sujeita a posterior confirmação porque penso ter duas plantas idênticas com flores diferentes ou a mesma com dois tipos de flor na mesma planta.


Pesquisando sobre a planta e sobre a sua possível aplicação…
(além das folhas que dão origem ao seu nome vulgar, ela desenvolve pequenos tubérculos, sendo o maior que apanhei do tamanho de uma noz).
Embora não encontre nenhuma referência a esta espécie concreta, é afirmado que muitos tubérculos do género Ceropegia são usados como alimentos, normalmente cozidos porque em cru, o sabor é muito áspero, sendo o responsável, um alcalóide, ceropegin, que é anulado com a temperatura de ebulição da água.

É originária da África do Sul e encontrei uma referência que a cita como uma das possíveis plantas C4 (C4 identifica as plantas mais nutritivas da dieta humana) dos primeiros hominídeos, mas este é um assunto para pesquisa posterior...

Em relação à planta em si, já consegui que em zonas sem ventos este cordão de corações unidos atingisse quase 2 metros, colocada numa janela no cimo de uma escada. Posteriormente foi uma das que foi ficando sem cuidados especiais e agora estou a tentar recuperar novamente

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O fruto da Rosa




Gostava de poder classificar esta roseira como Rosa Gallicanae, mas não tenho certeza nenhuma. Esta classificação vem só do facto de ser a roseira de origem europeia. Possíveis cruzamentos entre esta e a roseira silvestre, a Rosa Canina, L.,deu origem a muitos híbridos, de classificação muito difícil (para mim).


Normalmente comem-se pêssegos, alperces, ameixas mas em relação às rosas só se vê a flor, dificilmente alguém associa a roseira com o fruto que produz, embora sejam todos da mesma família.

O fruto da roseira é comestível, pode ser utilizado em doces, na elaboração de vinhos ou xaropes ou ser comido ao natural.

O fruto contém caroteno, o composto idêntico ao que se encontra na cenoura e além disso uma série de compostos como açúcares (dextrose), pectina, ácidos vegetais, tais como: os ácidos málico, cítrico e ascórbico (vitamina C) que só dão vantagem ao ser humano que os ingere.

Por hoje fica uma receita que espero, este ano, experimentar, doce de frutos de rosa.

Lave bem os frutos da rosa, especialmente se desde a floração usou insecticidas ou fungicidas. Cozinhe os frutos até eles se começarem a desfazer. Retire a água e o puré resultante passe por um passador ou pano de modo a retirar as partículas maiores como a casca e as sementes. Adicione açúcar e limão ao gosto.

Ferver a nova mistura durante 10 a 15 minutos. Despejar em quente em frascos de vidro, rodar os frascos de modo a esterilizar os vapores.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Reminiscência

O rato pariu uma montanha

 cone. Mais do que um herói de animação, Mickey é um símbolo do século XX e da América. Tem uma estrela no Passeio da Fama e desde o início que foi um sucesso entre o público e uma mina de ouro para Disney
A ideia parecia absurda mas Walt Disney estava confiante: ter um rato, um animal de que todos tinham medo e que a todos criava repulsa, como personagem simpática e amigável era o desafio. O criador tinha apenas 26 anos e não havia muitos financiadores dispostos a investir dinheiro neste rato que começou por se chamar Mortimer mas que, por sugestão de Lillian, a mulher de Walt Disney, acabou por se chamar Mickey. Isto foi em 1928. E foi assim que, há 80 anos, nasceu uma estrela.
Apesar da data oficial de aniversário do Mickey ser 18 de Novembro, porque foi neste dia que foi lançado o filme Steamboat Willie, em que era protagonista, a verdade é que Mickey e Minnie apareceram pela primeira vez na curta Plane Crazy, produzida em Maio de 1928. Ub Iwerks foi o desenhador e realizou o filme juntamente com Disney. Nesta primeira aparição, Mickey constrói um avião, convida Minnie para voar e passa toda a viagem a tentar beijá-la. É um filme ao mesmo tempo amoroso e cómico, mas que acabou por não chegar ao cinema.
Apesar do fracasso, Disney insiste numa segunda curta-metragem com este rato: The Gallopin' Gaucho (a parodiar o filme The Gaucho, com Douglas Fairbanks), onde, além de Minnie, aparece pela primeira vez a personagem Bafo de Onça. Mas, mais uma vez, Walt Disney não conseguiu encontrar um distribuidor.
Steamboat Willie foi, na verdade a terceira curta-metragem de Mickey a ser produzida, mas foi a primeira com som e a primeira a captar, de facto, a atenção do público. Como de costume, Steamboat Willie foi co-realizado por Walt Disney e Ub Iwerks, responsável pela animação, e o filme era uma paródia assumida de Steamboat Bill Jr., com Buster Keaton. Um dos motivos do sucesso deste filme foi, sem dúvida, o modo como a banda sonora foi usada em interligação com a narrativa, algo que era pouco comum na altura, sobretudo para criar um efeito cómico. Disney aproveitou este sucesso para sonorizar e relançar os dois filmes anteriores.
A partir daí, ninguém conseguiu parar o Rato Mickey. Uma das particularidades destes primeiros filmes é que a voz de Mickey é assegurada pelo próprio Disney, o que aconteceu até 1946. Já, quanto ao desenho, em 1930 deixa de ser assinado por Iwerks, que deixa Disney para criar a sua própria empresa. Apesar de Walt Disney ter sido o autor da personagem, a verdade é que era Iwerks que desenhava e fazia toda a animação. Outros desenhadores e argumentistas foram contratados. Floyd Gottfredson foi, nos anos 30, o principal autor daquela que era já a mais famosa personagem da casa, começou também a aparecer em tiras publicadas na imprensa diária.
Mickey é o grande herói dos anos da Depressão. É nesta altura que surge a galeria de personagens que hoje todos identificamos, onde se destacam Pluto, Mancha Negra, Pateta ou Clarabela. Criado em 1934 para a série Silly Synphonie, Pato Donald tornou-se uma das mais populares personagens, acabando por ganhar o seu próprio universo. Tradicionalmente, Mickey surge de calções vermelhos e sapatos amarelos, uma homenagem de seu criador à Ordem de DeMolay, da qual era membro. Mas o Rato surpreendia a cada filme, ora era bombeiro ora cowboy, ora aventureiro ora detective. O público adorava.
Mickey foi a primeira estrela animada dos estúdios de Disney; recebia milhares de cartas dos fãs; Charlie Chaplin, um dos seus modelos, pediu que antes dos seus filmes passasse um desenho animado do Rato Mickey; Sergei Eisenstein gabou a "perfeição" da personagem; o Presidente Roosevelt queria que houvesse sempre um filme de Mickey na Casa Branca para ser exibido quando lhe apetecesse; o Rato Mickey foi um dos primeiros e principais alicerces do império que Walt Disney construiu. Em 1932 o Clube de Fãs de Mickey já tinha milhões de membros e Disney recebeu um Oscar especial pela criação desta popular figura. Em 1934, o merchandising associado ao Rato já rendia qualquer coisa como 600 mil dólares por ano.
Redesenhado e colorido, Mickey manteve-se no top. Em 1940 saiu o clássico da Disney, Fantasia, um marco a nível artístico e técnico, com som estereofónico, animação com cores e formas nunca antes vista. Desde então, apesar de aparecer em menos filmes (a Segunda Guerra Mundial levou a uma diminuição da produção dos estúdios mas também a novas estratégias e a novas personagens), Mickey ficou para sempre como o ícone da Disney - a tal ponto que uma das senhas das Forças Aliadas no Dia D, 6 de Junho de 1944, foi "Mickey Mouse".
Disney é o anfitrião óbvio da Disneyland, desde a sua inauguração em 1955. Em 1978, na celebração dos seus 50 anos, Mickey tornou-se a primeira personagem de animação a ter uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.|

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Poejos




Os poejos (Mentha pulegium,L.) são uma planta aromática da família das mentas.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Mudanças climáticas

Dia de S. Martinho - está a chover!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Homem-terra

[…]A civilização confundiu de tal modo esta relação elementar homem-terra com engenhocas e intermediários que a consciência que temos dela está a tornar-se cada vez mais obscura . Imaginamos que é a indústria que nos mantém vivos, esquecendo aquilo que mantém viva a indústria. […]

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Cochonilha australiana

Na groselha espim (designação para nome vulgar que me parece mais correcta que uva crispa) apareceu esta cochonilha [Cochonilha australiana (Icerya purchasi Maskell, 1878) também conhecida como Icéria].
O seu inimigo e predador natural é uma joaninha (Rodolia cardinalis, Mulsant, 1850) em que as pintas pretas estão ligadas entre elas, com fundo vermelho.
O problema das cochonilhas, além de sugarem a seiva da planta e a planta ressentir-se bastante, é o facto da sua excreção que é um líquido doce pastoso, desenvolver posteriormente fungos preto que também afecta o desenvolvimento da planta.
Este líquido é uma guloseima para as formigas que com as suas patas, espalham ainda mais este líquido e promovem ainda mais o aparecimento deste fungo.
Como a minha groselha espim ainda é um arbusto pequeno e esta praga está localizada a primeira acção é usar um algodão com álcool e limpar as hastes afectadas, e esperar que resulte.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Rainer Maria Rilke

[...]No mundo interpretado. Resta-nos talvez
Alguma árvore na encosta que diariamente
Possamos rever[...]
In Elegias I;
Tradução de Paulo Plínio Abreu em parceria com o antropólogo alemão Peter Paul Hilbert.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Maracujá dos Açores

O maracujá que eu chamo maracujá dos Açores é o que penso ser Passiflora edulis, Sims. A fotografia é de Agosto deste ano, embora tenha 3 ou 4 frutos novos agora.
O facto deste ano ter carregado tanto pode ser boa e má notícia. Eu costumo dizer que se por exemplo um pé de maracujá está destinado a dar 1000 (o número é aleatório e só para facilitar as contas) frutos ao longo da sua vida, se der todos os anos 10 frutos, vive 100 anos(exagero), mas ser der num ano 500 e no outro a seguir 500, no ano seguinte ou durante o segundo ano que deu os 500, acaba por secar.

Estes números e estas contas são só para exemplificar que o tempo de vida de um maracujá pode variar normalmente entre os 5 e 10 anos em função da produção que teve. Nunca vi isto escrito em lado nenhum, mas é a experiência que tenho tido com os pés dos maracujás.

Este maracujá é mais pequeno que o maracujá que eu chamei de maracujá inglês, mas mais doce quando maduro, o que acontece quando está completamente roxo e de casca enrugada.

Em relação ao maracujá inglês classifiquei-o na altura sem certeza como sendo o P. edulis f. edulis. Hoje diria que o maracujá inglês parece mais próximo do P. edulis f. flavicarpa, classificação normalmente associada a um maracujá de casca amarela, mas espero sempre uma confirmação nestas questões. A flor é igual à do maracujá dos Açores, o fruto é maior e é mais brilhante.

domingo, 2 de novembro de 2008

Quando a água se confude

[…] Perto vê-se o gracioso meandro do velho leito seco de um ribeiro.
O novo leito do ribeiro foi cavado em linha recta como uma régua; foi “rectificado” pelo engenheiro da região para tornar mais rápido o escoamento.
Na encosta ao fundo há faixas de culturas em curvas de nível; foram “rectificadas” pelos engenheiros especializados no combate à erosão para retardar o escoamento.
A água deve estar confusa com tanto aconselhamento. […]

sábado, 1 de novembro de 2008

Pachira, Castanha do Maranhão

Ao limpar o quintal pisei um fruto, esborrachei-o e … não conheci o fruto…estava na zona do viveiro com vários vasos e das duas uma, ou alguém o atirou de fora ou era de uma das árvores que ali estava.

Se fosse só podia ser da Pachira, era o único fruto que ainda não conhecia, e o vaso tinha caído com o vento e quando o levantei era de noite.
Fui ver…e encontrei outro fruto na Pachira, ou seja, tinha florido este ano. Quando o constatei é que fiquei com pena de ter perdido a flor.


Com o Inverno a aproximar-se deve ser muito reduzida a viabilidade do fruto.