Já o li à alguns anos, após
a realização do filme, mas foi uma leitura de seguida quase à pressa. É um
livro duro sobre o perfil do homem.
Passei por ele na estante
e abri, gostei do que li e recomecei a leitura, (anotei com gosto as “receitas” do monge
que cuidava do horto das plantas medicinais).
Reli-o lendo-o de outra
forma e a razão do título que não me lembrava vem na última frase do livro:
Stat rosa pristina
nomine, nomina nuda tenemus
Nesta edição vem em latim
sem tradução, hoje o Google, vai dando estas traduções na hora:
A rosa antiga permanece
no nome, nada temos além dos nomes.
Umberto Eco retirou este
verso dum poema dum monge do século XII, Bernard Cluny, do poema De contempto mundi , alterou uma palavra,
em vez de rosa no poema original está Roma, ou seja “de muitas grandes cidades só
restaram os nomes.
Eco diz num livro
posterior que a sua frase representa as sociedades que chegaram ao declínio devido
a conflitos históricos, onde somente os seus legados não materiais puderam
prosseguir no decorrer dos tempos.
Nos tempos presentes,
podemos olhar par Tonino Guerra, professor primário, durante a Segunda Guerra Mundial esteve preso num campo de concentração escreveu este
poema:
Contente,
mesmo contente
Estive
na vida muitas vezes
Mas
nunca como quando em liberdade
Na
Alemanha
Me
pus a olhar para uma borboleta
Sem
vontade de a comer.
Nos tempos presentes
E nos tempos presentes...
…quando
não permitimos que nada nem ninguém nos toque, a dificuldade é connosco mesmos (Tolentino
de Mendonça).
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