Há duas maneiras de se
passar facilmente pela vida: acreditar em tudo ou duvidar de tudo. Ambas nos
poupam de pensar, assim se exprimiu Alfred Korzybski, um matemático e filósofo polaco que,
na primeira metade do século XX, foi o fundador da disciplina que designou de
“semântica geral”.
Não vamos falar de
semântica mas de plantas que curam e assim encontramos muitos que optam por uma
das posições anteriores.
Procurando
“fontes credíveis”, vou recebendo revistas que embora fora da minha área,
consigo ler transversalmente. Um desses campos é a Farmacognosia, ou seja um
campo científico da Ciência Farmacêutica que trata da extracção das essências
naturais, neste caso plantas, e da individualização de compostos e o estudo da
sua aplicação.
Numa dessas divagações,
surgiu a erva-férrea. (Prunella vulgaris,L.), planta vulgar em Portugal e pelo
que vi por muitas mais partes do Mundo.
Por fazer parte do meu
jardim, indicada para males de fígado
e do sangue, segundo a tradição oral da terra dos meus avós, chamou-me atenção
a evidência dada por investigadores chineses num artigo saído este mês (1).
O extracto aquoso (vulgo chá, com temperaturas
controladas) é eficaz no tratamento da fibrose hepática, uma doença do fígado.
Com tempo, pesquisei mais um pouco nas referências do
artigo e cheguei à história mais antiga desta planta, transmitida pela tradição
oral chinesa, que será assunto do próximo post.
(1)
Antihepatofibrotic Effects of
Aqueous Extract of Prunella vulgaris on Carbon Tetrachloride-Induced Hepatic
Fibrosis in Rats
Yi-Xiang Hu, Chen-Huan Yu, Fang Wu, Wen-Ying Yu,
Yu-Sen Zhong, Hua-Zhong Ying, Bing Yu
Planta Medica, Oct 13, 2015, Copyright © 2015,
Rights Managed by Georg Thieme Verlag KG Stuttgart • New York J Tradit Complement
Med. 2012 Jan-Mar; 2(1): 6–26.
(2)
Recent Progress of Research on Herbal Products Used
in Traditional Chinese Medicine: the Herbs belonging to The Divine Husbandman's
Herbal Foundation Canon (神農本草經 Shén Nóng Běn Cǎo Jīng) 2003-2011
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