A arruda chegou ao Brasil pelas mãos dos portugueses, bastante cedo. E a sua fama propagou-se.
Conforme antigas crenças populares, havia partes do corpo consideradas mais vulneráveis à penetração dos malefícios e das doenças, tais como a boca, o nariz, os olhos e os ouvidos. Nesta gravura, de Jean Baptiste Debret, é possível observar uma vendedora de arruda e três mulheres a a tentar proteger-se com arruda. No seu livro pode-se ler
Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, Jean Baptiste Debret (1768-1848) republicado em 1989, Belo Horizonte, Itatiaia, 4 vols,
3 comentários:
Muito curiosa esta pesquisa. Fiquei admirada com o facto de ser consumida em saladas quando a sua toxicidade pode dar origem a graves hemorragias internas. Li algures que folhas frescas sobre a testa aliviam a dor de cabeça. O cheiro parece ser repelente de insectos e ratos. Um abraço
A referência às saladas é do sec. XVI, e, aqui é minha interpretação, durante o tratamento da peste, sem indicar sequer as quantidades.REpito pelo que já li que esta planta não dev ser usada internamente.
Como repelente de insectos também já a vi, e além dos ratos, parece ser também ser repelente de víboras, ainda ando à procura dessa referência.
O que acho interessante nesta planta é o facto, assim como muitas outras, de atravessar quase toda a História. Conhecia-a só ocasionalmente e daí a curoisidade de a plantar, para a "sentir" no seu ciclo completo.
Filipe,
Uma ótima referência a respeito da arruda e de seus efeitos, entre os quais o de repelir serpentes, é o livro de Alfredo Cattabiani, "Florario: miti, leggende e simboli di fiori e piante", Oscar Mondadori, Itália.
Ver capítulo V, "Le erbe e le piante di San Giovanni".
Adriano Picarelli
(Rio Claro - SP - Brasil)
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