quarta-feira, 16 de março de 2005

Árvores como monumento

“…As árvores e os maciços arbóreos classificados de interesse público constituem um património de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico, em grande medida desconhecida da população portuguesa.
Quantos portugueses sabem que no seu país se encontra a árvore mais alta de toda a Europa? Quantos tavirenses conhecem a vetusta oliveira de Pedras de El Rei, cuja idade foi medida em mais de 2000 anos, sendo portanto anterior à era cristã? Imaginam os lisboetas que se cruzam diariamente com dezenas de árvores notáveis que testemunharam acontecimentos decisivos da história de Portugal?
No entanto, já desde o século XIX que silvicultores e naturalistas apelam à protecção de “arvores colossais”, que representariam o remanescente da antiga cobertura indígena e anteviam o prodigioso desenvolvimento de outras espécies exóticas recém introduzidas, cujo rápido crescimento certamente as levaria a suplantar em dimensão o arvoredo autóctone…”
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Bela-sombra (Phytolacca dioica L.), árvore jovem de dimensões já excepcionais, no bairro da Fábrica de Porcelanas da Vista Alegre (Ílhavo)


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Carvalho-alvarinho (Quercus robur L.), do Jardim Municipal de Paços de Ferreira.

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Pinheiro-bravo (Pinus pinaster Ait.), da Mata Nacional de Leiria (São Pedro de Moel, Marinha Grande). Estas árvores, retorcidas pelo efeito dos ventos dominantes, são vulgarmente designadas por “pinheiros-serpente”.

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Eucalyptus diversicolor Müller (karri), na Mata Nacional de Vale de Canas (Coimbra), plantado no final do séc. XIX. Com 75m de altura e mais de 30 metros de tronco limpo de ramos, é a mais alta árvore da Europa.

João Rocha Pinho –Brochura da Direcção Geral das Florestas

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