Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e
o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa,
privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E
finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os
Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas
privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação
do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a
todos.»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148
e Obrigado
Amador ...que ou o que ama ...que ou quem se dedica a uma arte ou um ofício por gosto ou curiosidade, não profissional ...que ou aquele que ainda não domina a actividade a que se dedicou, revelando-se inábil, incompetente
terça-feira, 17 de maio de 2011
terça-feira, 10 de maio de 2011
Mangueiras em flor

Este ano está com muitos cachos de flores. Os frutos,embora cedo para acalantar esperanças, se começarem a vingar muito tenho que começar a podá-los, a árvore terá ainda 2 metros.
Este ano as árvores tropicais com esta humidade toda estão a gostar.
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Na Gulbenkian, amanhã
Ambiente. Porquê Ler os Clássicos,
Viriato Soromenho-Marques, responsável pelo programa Gulbenkian Ambiente, falará sobre a primeira obra:
Walden ou A Vida nos Bosques,
no dia 6 de Maio, às 18h, no Auditório 3 da Fundação. Os comentários estarão a cargo de Isabel Capeloa Gil.
Walden; ou, A Vida nos Bosques (1854) é Henry David Thoreau
Viriato Soromenho-Marques, responsável pelo programa Gulbenkian Ambiente, falará sobre a primeira obra:
Walden ou A Vida nos Bosques,
no dia 6 de Maio, às 18h, no Auditório 3 da Fundação. Os comentários estarão a cargo de Isabel Capeloa Gil.
Fui para os bosques porque pretendia viver deliberadamente,
defrontar-me apenas com os factos essenciais da vida,
e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-me, em vez
de descobrir à hora da morte que não tinha vivido.
defrontar-me apenas com os factos essenciais da vida,
e ver se podia aprender o que ela tinha a ensinar-me, em vez
de descobrir à hora da morte que não tinha vivido.
Walden; ou, A Vida nos Bosques (1854) é Henry David Thoreau
segunda-feira, 2 de maio de 2011
As cerejas bem vindas
No sábado comemos as primeiras cerejas do ano. Eram da freguesia de Alcongosta, cujo nome dá quase tanto gosto de pronunciar como comer as cerejas que lá magicam.
Eram verdes, verdinhas e eram caras: dez euros o quilo. Comprámos, pacatamente, meio quilo, mas a receita rendeu-nos 50 cerejas gordas e luzidias a cinco cêntimos cada bochecha, já que cada cereja tem duas,que até às vezes são marcadas, como as bochechas do rabos.
Nunca tínhamos comido cerejas tão cedo. A senhora a quem comprámos avisou-nos que era um “bocadinho amargas” e que mais valia a pena esperarmos uns dias, até chegarem as cerejas de Resende, essoutra distinta freguesia do Fundão, que viriam mais doces e mais baratas.
“Pode provar”, consentiu como quem diz “quem te avisa teu amigo é”. Desafiei-a e puxei de uma delas. Que ácida e carnuda luxúria experimentei! Voltei ao século XIX – transportei-me. Os caroços eram verdes e as cerejas cantou a Maria João, sabiam a flor – à sakura japonesa – e a chuva. O sol e o açúcar já estavam apaixonados e já eram noivos, mas ainda não se tinham casado com cereja nenhuma. Que boas que eram estas cerejas ainda solteiras mas já prometidas, boas de pleno direito, perfeitas para quem gosta mais de presenças do que de esperanças.
Não são as cerejas doces, baratas, abundantes e deliciosas que aí vêm. São estas ácidas, caras, raras e deliciosas que aí andam agora que estão prestes a desaparecer. Ambas são, desigualmente, bem-vindas.
Miguel Esteves Cardoso - in Público (coluna diária - Ainda ontem) 2/5/2011
Miguel Esteves Cardoso, na minha opinião, é um colunista que às vezes escreve bem sobre coisas interessantes, às vezes estes períodos são curtos.
Desta vez gostei do texto mas integrou-me as cerejas verdes, amarelas sim, verdes nunca vi, serão mesmo apanhadas verdes e não passam desta cor ou é alguma tentativa de vender mais cedo a 10 euros o kilo?
domingo, 1 de maio de 2011
Eclesiástico
O Senhor produziu na terra os medicamentos;
o homem sensato não os desprezará.
Antigo Testamento, Ecli 38:4, (sec. II AC)
Bíblia; 19ªedição dos Capuchinhos
o homem sensato não os desprezará.
Antigo Testamento, Ecli 38:4, (sec. II AC)
Bíblia; 19ªedição dos Capuchinhos
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