quarta-feira, 31 de julho de 2019

A Prática da Natureza Selvagem 8


Há uma história em que o Coiote observa as folhas amarelas do álamo a rodopiarem levemente até ao chão no Outouno. Era tão bonito de ver que ele perguntou às folhas se também podia fazer o mesmo. Elas avisaram-no: "Coiote, tu és demasiado pesado e o teu corpo é feito de ossos, entranhas e músculos. Nós somos leves, pairamos no vento, mas tu irias cair e magoar-te." O Coiote não lhes quis dar ouvidos e insistiu em trepar um álamo, arrastar-se até à ponta de um ramo e atirar-se. Caiu e morreu. 
Há aqui um aviso: não tenhas demasiada pressa em "fundir-te com".

In  A Prática da Natureza Selvagem  de Gary Snyder

domingo, 14 de julho de 2019

A Prática da Natureza Selvagem 7


Enquanto templo, a natureza selvagem é apenas um começo.

In  A Prática da Natureza Selvagem  de Gary Snyder

quarta-feira, 10 de julho de 2019

A Prática da Natureza Selvagem 6



A vida na Natureza selvagem não é só comer bagas ao sol. Gosto de imaginar uma "ecologia profunda" que se debruçasse sobre o lado negro da Natureza - a bola de ossos esmagados num monte de bosta, penas na neve, histórias de apetites insaciáveis. Os sistemas selvagens encontram-se num sentido elevado, acima de qualquer crítica, mas também podem ser vistos como irracionais, insatisfatórios, cruéis, parasitários.

In  A Prática da Natureza Selvagem  de Gary Snyder

sábado, 6 de julho de 2019

A Prática da Natureza Selvagem 5


Os livros são os nossos avós
In  A Prática da Natureza Selvagem  de Gary Snyder

quinta-feira, 4 de julho de 2019

A Prática da Natureza Selvagem 4


A sociedade americana (como qualquer outra) tem o seu próprio núcleo de suposições incontestáveis. Continua a ter  uma fé acrítica na noção de progresso contínuo. Está convicta de que é possível uma objetividade científica sem mácula.

In  A Prática da Natureza Selvagem  de Gary Snyder

segunda-feira, 1 de julho de 2019

A Prática da Natureza Selvagem 3



É claro também que o humanista não é necessariamente agnóstico. O último acto de Sócrates foi pedir que a oferta que prometera ao reino espiritual fosse concretizada: "Devo um galo a Esculápio". O filósofo pode desprezar a mistificação, mas respeita os mistérios.
In  A Prática da Natureza Selvagem  de Gary Snyder