O Ruibarbo, Rheum palmatum L., é uma planta perene, secando no Inverno e voltando a rebentar na primavera seguinte.
O da fotografia tem dois anos, nasceu de semente o ano passado, e deu umas folhas aí com 20cm de diâmetro. Para as histórias que me contavam de folhas enormes, achei-as exageradas. Este ano deu azo à sua fama, se notarem na folha, para efeito de escala, está colocada uma moeda de 50 cêntimos
O facto de tentar uma nova planta, acontece por acaso muitas vezes. No caso do ruibarbo, foi a leitura num blog (de referência, seja dito, embora numa hibernação já muito longa) que me predispou a tentar plantar o ruibarbo, e uma famosa receita de doce de ruibarbo e morangos.A partir daqui houve também uma tentativa de conhecer melhor a planta.
Na Europa Central, é muito utilizada em doçaria, normalmente vê-se à venda só os talos, as folhas contêm compostos que podem serem irritantes para certas pessoas. É utilizada também em termos medicinais, embora neste caso seja utilizada a raiz descascada e seca.
Existe uma variedade que chamam ruibarbo inglês, em que a raiz tem sabor a morango, muito procurada, é a minha próxima tentativa.
O ruibarbo é originário das cadeias montanhosa a Ásia onde é plantada até cerca dos 4000m de altitude, daí a sua adaptação fácil ao clima da Europa Central.
Foi uma planta muito utilizada na Antiguidade no continente asiático, sendo descrita no herbário chinês Pen-King no ano de 2.700 a.C., onde era conhecida com o nome de Ta-Huang ("gran amarilla"). Dioscórides chamou-lhe rheon de onde saiu a actual denominacão. O primeiro europeu a tentar introduzi-la na Europa foi Marco Polo, no final do século XIII.
No século XVIII, houve uma série de incidentes devido ao tráfico desta planta provocado pela qualidade diferente das várias variedades plantadas, embora não tenha encontrado referências à distinção das variedades dessa altura.
Em 1731, na fronteira da Rússia com a Mongólia foi criada a “Comissão do Ruibarbo” cuja finalidade era tentar importar para os soviéticos o ruibarbo de melhor qualidade dos mercadores mongóis, que chegavam perto da fronteira. Para eles fixava-se um preço único que teriam que renegociar anualmente e implementavam-se controles de qualidade que permitiam devolver as peças duvidosas ou de má qualidade. Logo, o ruibarbo que superava esses controles era renegociado na Europa a preços muito elevados e sem possibilidade de regatear.