Antes me afligia o não haver cidade, esquina com esquina, o ângulo reto dos caminhos. Agora onde lanço o olhar só quero ver o mato. Nada de relva, canteiros, ajardinados. Só quero é o arbusto espontâneo, a moita silvestre, a árvore que ninguém semeou, o chão que ninguém pode sujar nem pilhar.
In Um rio chamado tempo, uma casa chamada terra
Mia Couto (2002)