Amador ...que ou o que ama ...que ou quem se dedica a uma arte ou um ofício por gosto ou curiosidade, não profissional ...que ou aquele que ainda não domina a actividade a que se dedicou, revelando-se inábil, incompetente
Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos – Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra.
Assim será a nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos – Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio.
Não há muito que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez, de amor Uma prece por quem se vai – Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte – De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente. "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 147.
Chegou a vez de apresentar o “fruto”, fruto entre aspas porque não sei se é fruto ou pé do fruto, o nome que se deve aplicar ao que se come. A árvore é de folha caduca e dei conta deles, depois da queda das folhas.
A árvore dá “uma espécie” de cachos de uvas com bagas na ponta. As bagas não se comem, mas contêm as sementes. O que se come é o correspondente ao engaço do cacho de uvas, ou seja o pedúnculo que suporta os bagos. Neste caso o pedúnculo é composto por uma matéria com a consistência da maçã.
O sabor, porque foi a primeira vez que o provei (só me tinham enviado as sementes), é doce ou mesmo muito doce, o sabor que se associa de imediato é de passa de uvas ou então aquelas uvas moscatel muito doces em ano de seca.
No Brasil chamam-lhe pauzinho doce. Um nome apropriado
A pata de vaca (Bahuinia forficata ssp. pruinosa(Vog.) Fortunato et Wunderlin, antes Bauhinia candicans Benth) é uma árvore de clima subtropical, adaptando-se bem ao clima de Portugal (pelo menos na região Centro). Árvore comum nas matas de Santa Catarina e do rio Grande do Sul, Paraguai, litoral do Uruguai e Noroeste da Argentina. Os troncos novos e pequenos têm picos pequenos e fortes. È utilizada na medicina popular do Brasil, onde foram feitos muitos estudos farmacológicos. A sua utilização é como anti diabético, na terapia de apoio da diabetes mellitus tipo II. Utiliza-se o chá das folhas numa proporção de 1%. Como ornamental também é bastante utilizada. Durante quase todo o verão tem flores brancas. As flores têm a duração de um dia, abrem com o nascer do sol, são brancas, vão amarelecendo durante o dia até ao pôr-do-sol, acabando por cair durante a noite. As folhas costumam cair no Inverno, mas este ano e mesmo com o frio ainda está com o aspecto que se vê na fotografia.
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire. O que agradece que na terra haja música. O que descobre com prazer uma etimologia. Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez. O ceramista que premedita uma cor e uma forma. O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade. Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto. O que acarinha um animal adormecido. O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram. O que agradece que na terra haja Stevenson. O que prefere que os outros tenham razão. Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
Pai!!! Pai! -gritava o pequeno medronho pendurado no ramo do medronheiro. -Estou a ficar vermelho!
--E nós, quando é que amadurecemos? – Perguntaram, impacientes, outros medronhos ainda verdes. Calma filho! – Interveio o medronheiro. – Cada um de vocês terá o seu tempo próprio para amadurecer. Assim podem alimentar durante mais tempo, as aves que começam a ter pouca comida. De repente, apareceu um grande melro que comeu o medronho mais madurinho que estava na árvore. -Oh! – Disseram os outros medronhos cheios de medo.
Não se assustem – disse o pai medronheiro. -O vosso irmão está muito contente, porque já cumpriu uma das três missões dos medronhos. - Que missões? -Alguns medronhos servem de alimento às aves, outros dão origem a novos medronhos e finalmente os que são apanhados pelos homens são transformados em aguardente de medronho. [...]
É uma pequena lesma marinha com três centímetros de comprimento, que vive na costa atlântica da América do Norte, e que tem um poder até agora desconhecido na Natureza entre o reino animal: depois de comer uma alga adquire a capacidade de fotossíntese característica das plantas.
Chama-se "elysia chlorotica" e foi descoberta por uma equipa de investigadores de universidades norte-americanas e da Coreia do Sul, liderada por Mary Rumpho-Kennedy, professora de bioquímica e investigadora na Universidade do Maine. Segundo a revista científica 'New Scientist', a lesma marinha "é a forma suprema de energia solar: come uma planta e torna-se fontossintética". Este híbrido animal-planta gelatinoso de cor verde parece uma folha de árvore e conquista essa capacidade - que se mantém durante vários meses - com genes provenientes da alga que come, a "vaucheria litorea".
O pequeno ser obtém os cloroplastos - isto é, os objectos celulares verdes ricos em clorofila que permitem às células das plantas converter a luz solar em energia - e armazena-os nas células ao longo do seu intestino. O mais curioso é que as "elysia chlorotica" no estado jovem que se alimentem de algas durante duas semanas, podem viver o resto das suas vidas - um ano, em média - sem comer.
Mas os cientistas ainda não conseguiram descobrir tudo sobre este estranho ser marinho, como reconhecem num artigo publicado na revista de referência mundial 'Proceedings of the National Academy of Sciences'. Com efeito, os cloroplastos contêm ADN para codificar apenas 10% das proteínas necessárias para os manter activos e a equipa norte-americana está a ponderar várias explicações para este mistério. Mas, apesar disso, Mary Rumpho-Kennedy admite que "estes organismos fascinantes podem transformar o próprio ensino dos princípios básicos da biologia".
Texto publicado na edição do Expresso de 29 de Novembro de 2008
Este ano, não foi bom ano para as goiabas, o Verão foi fresco, não houve aqueles dias de calor intenso. Quando assim é o fruto das goiabas não se desenvolve. Com calor e regando bem, os frutos desenvolvem-se depressa. Sem calor, mesmo regando, ficam do mesmo tamanho. Na goiabeira os frutos mantinham o tamanho desde Agosto, se cresceram alguma coisa não dei conta. Com o frio que apareceu agora, o natural era caírem. Mas para surpresa minha, com as últimas chuvas e alto teor de humidadedo ar, mesmo com os 5ºC de temperatura mínima, começaram a crescer e já a mudar de cor.