terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Veris eta facies

Nos próximos dias 1 e 2 de Fevereiro, a Nova Orquestra Sinfónica de Lisboa e o Coro da Nova Orquestra Sinfónica de Lisboa, com a participação dos solistas Elvira Ferreira, Carlos Guilherme e Luís Rodrigues, sob a direcção do maestro Albertino Monteiro, irão interpretar a cantata medieval “Carmina Burana”, de Carl Orff.

A palavra latina Carmina é o plural de carmen (canção, na língua portuguesa). O título inteiro significa literalmente: Canções dos Beurens. Esta última palavra refere-se aos textos escolhidos para esta cantata secular, descobertos, em 1803, num velho mosteiro beneditino da Baviera, em Benediktbeuren, sudoeste da Alemanha.

A obra divide-se em três secções:
o encontro do Homem com a Natureza (Veris eta facies),
com o dom do vinho (In taberna)
e com o amor (Amor volat undique).

Uma triologia interessante

1 comentário:

  1. Obra muito apetecida e fantástica
    de Orff. Recomenda-se.
    As vozes solistas são boas.
    Orquestra e coro,
    importantes nesta obra,
    não conheço e espero por opinião.
    Texto de Carmina Burana
    é também interessante.

    A 27 de Fevereiro,
    o Coliseu dos Recreios
    recebe a Orquestra Sinfónica da
    Rádio Nacional da Ucrânia
    para um concerto com:
    Carmina Burana +
    Sinfonia nº 9 de Beethoven.
    Esta é a sinfonia ("Choral")
    que tem o hino da Europa e
    é património da Unesco.
    Duas obras com parte coral,
    mas também de solistas,
    relevante.

    Em Maio de 2005, no São Carlos,
    gostei dos Carmina Burana com
    o soprano francês
    Magali Léger,
    o contratenor croata
    Max Emanuel Cencic,
    o barítono húngaro
    Viktor Massányi,
    os Pequenos Cantores
    da Academia de Amadores de Música,
    o Coro do Teatro São Carlos
    e a Orquestra Sinfónica Portuguesa,
    todos sob a direcção
    de Zoltán Peskó.

    Bons espectáculos...
    João Martins


    _______

    Primo Vere
    Veris leta facies

    The merry face of spring
    turns to the world,
    sharp winter
    now flees, vanquished;
    bedecked in various colours
    Flora reigns,
    the harmony of the woods
    praises her in song. Ah!

    Lying in Flora's lap
    Phoebus once more
    smiles, now covered
    in many-coloured flowers,
    Zephyr breathes nectar-
    scented breezes.
    Let us rush to compete
    for love's prize. Ah!

    In harp-like tones sings
    the sweet nightingale,
    with many flowers
    the joyous meadows are laughing,
    a flock of birds rises up
    through the pleasant forests,
    the chorus of maidens
    already promises a thousand joys. Ah!

    ______
    (parte mais conhecida...)

    Fortuna Imperatrix Mundi
    (Fortune, Empress of the World)

    O Fortuna (Chorus) O Fortune

    O Fortune,
    like the moon
    you are changeable,
    ever waxing
    and waning;
    hateful life
    first oppresses
    and then soothes
    as fancy takes it;
    poverty
    and power
    it melts them like ice.

    Fate - monstrous
    and empty,
    you whirling wheel,
    you are malevolent,
    well-being is vain
    and always fades to nothing,
    shadowed
    and veiled
    you plague me too;
    now through the game
    I bring my bare back
    to your villainy.

    Fate is against me
    in health
    and virtue,
    driven on
    and weighted down,
    always enslaved.
    So at this hour
    without delay
    pluck the vibrating strings;
    since Fate
    strikes down the string man,
    everyone weep with me!
    _______

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