Ferreira Fernandes in Diário de Notícias
Amador ...que ou o que ama ...que ou quem se dedica a uma arte ou um ofício por gosto ou curiosidade, não profissional ...que ou aquele que ainda não domina a actividade a que se dedicou, revelando-se inábil, incompetente
sábado, 29 de dezembro de 2007
Ser provinciano (!?)
Ferreira Fernandes in Diário de Notícias
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Abacate (1)
Em termos de classificação, além do Persea americana, se não se sabe a origem, é complicado, senão vejamos:
Existem três variedades nativas:
- Antilhana
- Mexicana
- Guatemaleca.
Dentro de cada variedade existem cultivares próprios de cada uma.
Existe um quarto grupo de híbridos, sendo os mais comuns, Guatemaleca x Antilhana ou Guatemaleca x Mexicana.
E dentro destas mais uma série de variedades.
A variedade da fotografia fica à espera de melhor classificação, o fruto tem um tamanho normal, se a carga for muito grande, dá frutos mais pequenos. Casca dura, de cor roxa escura quando madura e rugosa, com pequenas “verrugas” salientes.
A história deste fruto, tem origem no facto do autor deste blog ter ido a correr para apanhar um comboio em França e tê-lo… perdido.
Meia hora à espera do próximo, era muito tempo.
Havia um mercado do outro lado da estação, onde comprei 3 frutos ainda verdes, porque não os conhecia com estas “verrugas”. Amadureceram já em Portugal e um deles deu origem a esta árvore.
O problema da frutificação do abacateiro tem a ver com o tipo de flores que ele produz, não é o caso das flores femininas e masculinas, mas um pouco mais complicado.
Produz dois tipos de flores
Tipo A – A parte feminina está activa de manhã e inactiva de tarde e na manhã do dia seguinte funciona como flor masculina
Tipo B – A parte feminina está inactiva de manhã, activa da parte da tarde e funciona como masculina de manhã do dia seguinte.
Ou seja para existir frutificação deve haver no mínimo duas espécies, uma que produza flores do tipo A e outra que produza flores do tipo B.
Existe uma nota sobre este tipo de floração que não consegui ainda um esclarecimento total, diz ele “ Este ciclo floral mantém-se regular entre condições de temperatura admissíveis para a maior parte das condições da cultura dos abacateiros”.
Isto tudo para dizer que esta árvore deu frutos sozinha, sem eu conhecer nenhum abacateiro à volta (o que não quer dizer que não existisse algum escondido). Daí a minha dúvida sobre o “ciclo floral”.
O Abacateiro em Portugal, e a sua floração, reagem mais à humidade que ao calor, começam a florescer nesta altura e o fruto demora cerca de um ano a formar. Normalmente após a apanha dos frutos se o tempo se apresentar húmido e com uma temperatura mínima acima dos 10º aparecem as flores.
O facto de as flores aparecerem a temperaturas tão baixas leva-me à questão da frase que citei. Se devido ao frio, não irão eles e elas juntarem-se para aquecer.
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Sempre a água
Habito onde as suas bicas,
As bocas jorram.
As palavras que no cântaro
A noite recolhe e bebe
Com agrado
Sabem a terra por serem minhas.
Não sou daqui e não vos devo
Nada, ninguém
Poderá negar a evidência
De ser chama ou água,
Fluir em lugar de ser pedra.
Perdoai-me a transparência.
Eugéniode Andrade in Sal da Língua precedido de trinta poemas
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Flores de Inverno
O género mahonia é originário dos Himalaias Ásia oriental e no Norte da América, os frutos são azuis acinzentados e são comestíveis com um sabor a lembrar o mirtilo, mas menos ácidos quando bem maduros.
Existe um composto, berberin, existente nas raízes deste arbusto que tem aplicações medicinais
O nome Mahonia foi originalmente dado por Thomas Nuttall depois de um refugiado político irlandês, Bernard M'Mahon que foi trabalhar para os E.U.A e abriu a primeira loja de sementes em Filadélfia e publicou o primeiro 'American Gardener's Calendar' em 1806.
Mahonia x media 'Charity' é um híbrido entre a M. japonica e a M. lomariifolia. O cultivar 'Charity' foi desenvolvido pelos viveiros de Slieve Donard no Norte da Irlanda por volta de 1950. É o exemplar mais comercial e o que mais tenho visto à venda em Portugal.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
Ainda o aquecimento, agora a sério
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Carambola
A árvore tem 2 anos em vaso e 3 anos em terra. Não é de folha caduca, mas no Inverno caiu sempre a folha e o frio queimava os rebentos mais novos. Já floriu nos dois últimos anos, mas é a primeira vez que o fruto vinga.
É a fruta das saladas de fruta cortada em fatias transversalmente faz uma estrela de cinco pontas e daí o seu nome em inglês de star fruit.
A cor do fruto quando maduro é amarelo. Existem várias variedades, mas essencialmente o que me interessa é saber se é ácida ou doce... ou pelo menos prová-la.
Em medicina popular, principalmente nos países de clima tropical, o chá das suas folhas é recomendado para várias doenças, mas pode causar graves problemas a quem sofra de problemas renais
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Eau de plage
Decompondo-se à medida que é libertado fornece partículas em torno das quais as nuvens se condensam. Uma vez que as nuvens reflectem os raios solares da Terra, o DMS, afecta também a temperatura do planeta.
A. R. Williams in National Geographic
Meio a brincar, meio a sério: No protocolo de Quioto ainda não há quotas para o DMS, aproveitem
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Salva ananás
A salvia ananás (Salvia elegans Vahl.) encontra-se em segundo plano na fotografia de cima, (em primeiro plano, desfocado a salva mexicana )
O nome vem do facto que as flores e as folhas emanam um cheiro a ananás.
Esta espécie é utilizada em chás e as flores usadas em saladas de fruta.
As flores mantêm-se até tarde e é um pequeno arbusto bastante resistente. Convêm ir podando para não ficar muito esgalhado.
domingo, 2 de dezembro de 2007
Plantas tóxicas
Fiz um comentário no Dias com árvores em relação a uma planta do género Physalis. Dizia respeito à toxidade do fruto e fiz uma chamada de atenção. No post anterior foi a minha vez de ser chamado à atenção sobre o mesmo tema.
Se consultarmos a net sobre a toxidade de várias plantas, podemos não chegar a nenhuma conclusão lógica.
Creio que muitas vezes, por existir uma parte da planta que seja tóxica, toda a planta é assim considerada.
Um exemplo típico é o teixo (Taxus baccata), sempre pensei que o fruto era venenoso, até ver a descrição no site Plants for a future em que relatam que a parte gelatinosa do fruto é comestível e que só a semente é que é venenosa.
Em qualquer referência escrita se encontra que o fruto do teixo é venenoso. Mesmo na discussão que é promovida no final do artigo aparecem opiniões diversas que se devem ter em conta.
Mas em termos de toxidade, existem vários graus.
Assim numa pesquisa da Internet, encontrei um site, que tem uma classificação em termos de perigosidade das plantas, é o Centro de Venenos da Califórnia e coloca quatro classificações, a ver
1 - Toxidade máxima – Por ingestão - Pode provocar a morte ou uma doença graves
2 – Toxidade mínima – Por ingestão – Provoca distúrbios menos graves como diarreia e vómitos.
3 – Oxalatos – O sumo ou a resina destas plantas possuem cristais de oxalato. São cristais, em forma de agulha, muito finos que provocam mais danos físicos que químicos, dão origem a dores, da boca ao estômago
4 – Dermatoses – O sumo, a resina ou os espinhos, podem provocar irritações cutâneas.
Embora seja um site ligado a profissionais da saúde e a universidades, existem certas classificações no que respeita a plantas que não percebo.
O caso da Physalis é considerada de grau 1 e sem referir a espécie, nem que parte da planta. Refere só Chinese lantern,Physalis spp, 1.
Penso que a classificação tem a ver com princípio da precaução, que neste campo deve existir sempre.
Gostei também deste site , já que refere que parte da planta é tóxica
Devo voltar a este tema, mas para já a minha mea culpa de no post anterior não ter alertado para a toxidade, grau 2, excepto o fruto (à falta de melhor classificação).