Se consultarmos livros sobre plantas medicinais, verifica-se que aparecem diversas indicações para a utilização da arruda, tanto para uso interno ou uso externo, Alguns indicam-na como tóxica.
Nestes casos, tenho dois livros de referência, escritos por especialistas em Farmacognosia (especialidade das ciências farmacêuticas que estudam os fármacos retirados de produtos naturais).
1)
Farmacognosia de Aloísio Fernandes Costa -3 volumes, cada um com cerca de 1000páginas, e é necessário algum conhecimento de Química para os entender na totalidade
2)
Plantas e Produtos vegetais em Fitoterapia de A. Proença da Cunha, Alda P. da Silva e Odete R. Roque, Este, embora sendo um livro técnico, de leitura fácil.
São ambos editados pela Fundação Calouste Gulbenkian.
O que aparece sobre a arruda aqui
Em 1) fala da R. graveolens, como sendo a Arruda de França, e em Portugal cita como existentes a R. chalepensis e a R. montana (mas esta é a conhecida por arrudão e de folhas diferentes). A R. chalepensis distingue-se da R. graveolens por a primeira ter as pétalas de margem fimbriada (ainda tenho que ir ver o que é isto).
Em ambos os livros se faz referência à precaução que deve existir na utilização desta planta como erva medicinal e aromática, deve-se ter em atenção as doses, a utilizar infusão a segunda referência fala em concentrações abaixo de 1%.
É possível a planta causar dermatites durante a colheita por acção fototóxica (à exposição da luz).
Contém metilnonilcetona que acima da dose terapêutica pode ser abortiva (é um abortivo de uso popular mas muito perigoso devido à sua toxidade).
Nos usos Etnomédicos e médicos indicam:
Varizes e hemorroidal, Amenorreia, espasmos gastrinstestinais e como vermífugo, Externamente em inflamações orofaríngeas, odontalgias, em doenças de pele e doenças osteoarticulares.
Toda esta utilização com doses muito especificas, não é uma planta, pelo que li, para utilização regular e despreocupada.